Ao longo do tempo e das experiências que vivi, entendi que não há como separar sua vida profissional da pessoal, você será a mesma pessoa nos dois contextos, porém o que é viável e necessário é: não levar questões pessoais ao seu ambiente de trabalho, embora seguirá sendo a mesma pessoa de qualquer forma.
E por isso acredito que ser líder é um estilo de vida, pois antes mesmo de conduzir uma equipe, você precisa estar apto a conduzir a sua própria vida, o que chamo de: gerenciar a si mesmo através da autoliderança.
Quem desenvolve a autoliderança consegue administrar todas os setores da própria vida com eficiência, torna-se sua forma de conduzir o seu caminho, de forma diligente e indenpendente, pessoas que possuem esse comportamento não se vitimizam, não atribuem a fatores externos ou pessoas por seus fracassos ou dificuldades, elas possuem o lócus de controle interno.
Rotter, em 1966, propôs o conceito de lócus de controle (denominado com a palavra latina para ‘lugar de controle’) como um traço de personalidade em sua teoria da aprendizagem social.
Assim, Rotter o definiu em 1966 da seguinte maneira:
“Se a pessoa percebe que o evento depende do seu comportamento ou das suas próprias características relativamente permanentes, diz-que que esta é uma crença no controle interno.”
A pessoa atribui seu sucesso ou fracasso aos seus próprios esforços e habilidades. Possui tendência maior de estudar e se desenvolver, justamente por acreditar que seus resultados dependem dela mesma. Se tornando capaz de resolver seus problemas, conduzindo sua própria vida, lapidando o seu destino conforme seus objetivos e sonhos, como protagonista ativo desse processo de conquista.
“As pessoas que acreditam ter o poder de exercer algum grau de controle sobre suas vidas são mais saudáveis, mais eficazes e mais bem-sucedidas do que aquelas que não acreditam na sua capacidade de fazer mudanças em suas vidas.”
-Albert Bandura-
Além disso o profissional passa a ser menos influenciável, pois quem se autolidera busca o autoconhecimento, que auxilia na capacidade de filtragem do que vem de outras pessoas.
Tomar decisões sem precisar da aprovação de outra pessoa é o cerne da atitude de um líder.
Seguir sua vida como um líder de si mesmo, impacta não apenas em sua carreira, mas também em seu ambiente familiar, exercendo suporte e arrimo em situações dificeis. Se tornando referência positiva aos familiares mais jovens.
Ser protagonista de nossa própria vida está diretamente relacionado com a competência da autoliderança. Não desenvolva liderança apenas porque sua posição exige, ou porque deseja se tornar um gestor ou coordenador, seja líder para que essa competência te faça crescer de forma sustentável e consistente.
Nós temos a capacidade de conduzir nossa vida muito mais do que imaginamos, e depois que você desperta para essa mentalidade, sua missão de liderar outras pessoas tem mais sentido e se torna menos assustadora, pois você já viveu essa experiência através de você mesmo.